terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Coisas antigas..

Estava olhando alguns arquivos antigos no meu computador,  e encontrei uma página de um texto que escrevi e que pretendia se tornar um livro. Coitada de mim.
Mas quando li, achei bom. Quem sabe um dia, quando eu tiver tempo de novo e a criatividade voltar, aprimorada por mais anos de vida e muito mais experiências que uma simples garota de 15 anos, eu volte a escrever?




"Capítulo 1





            -Ai meu Deus! Será que ele não vai ligar nunca? –­­­­ Perguntei a mim mesma depois de tomar o último gole do café.
            A noite passada havia sido terrível. Fui ao apartamento de John decidida: iria me declarar pra ele. Eu o amava e não podia mais esconder. Eu iria dizer verdade, ele iria ficar feliz, dizer que sentia o mesmo há muito tempo, mas nunca teve coragem de se declarar. Então iríamos nos beijar e nos amar ali mesmo.
            Coloquei o meu melhor vestido – o único decente do meu guarda-roupa – uma sandália com salto agulha, me maquiei e prendi meu cabelo no estilo “fatal”. Coloquei meu braço pra fora da janela pra checar a temperatura. Estava frio. Peguei meu casaco e saí.
            No caminho comprei uma garrafa de vinho tinto. O favorito de John. O trânsito estava terrível e eu cada vez mais nervosa. Ainda havia tempo de desistir, esquecer aquilo. Mas automaticamente dirigi até o prédio onde John morava.
            Chamei o elevador tremendo. Entrei. Pra minha sorte não havia ninguém. Ninguém pra testemunhar meu nervosismo. O ponteiro do elevador indicava os andares. 2...3... – Afinal, qual é o problema comigo? – Falei alto –  4...5... – É só dizer e pronto. O máximo que eu posso levar é um fora. –  6...7...8. Oitavo andar – Ah...eu to fazendo uma tempestade à toa...é tão fácil! – Saí do elevador andei em direção ao apartamento de John.
            Parei na frente da porta – Bom – Pensei – Aqui estou. Coragem, Julia, coragem. – Toquei a campainha e, antes que eu pudesse pensar em sair correndo, a porta se abriu.
            Gelei. Lá estava ele. Tremi. Notei que estava nu e enrolado em um lençol branco. Provavelmente estava na cama. "


Pois é, termina aí. Ainda pretendo voltar nesse texto. Alguma sugestão para o futuro de Júlia?
 

Nenhum comentário: