sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Amor, vinho e outras coisas




Nos últimos dias, e com tudo o que tem acontecido na minha vida, me peguei pensando - novamente - no amor. No amor romântico, entre duas pessoas.
Quando você se apaixona e não dá certo, bola frente. Nada que um porre, uma noitada com as amigas e uma noite com uma pessoa errada(por que não?) não resolvam. No outro dia você fica de ressaca e dois dias depois já está pronta pra outra. Pelo menos comigo, sempre foi assim. Mas e quando é amor de verdade? O que a gente faz com ele?
Os filmes e livros e tudo o que já foi dito ou escrito sobre o assunto nos ensinam que quando é amor de verdade você não deve desistir nunca. Que se é amor, no final sempre dá certo, e se não der é porque uma das partes morreu. Mas no mundo real não é bem assim que funciona. Você acaba sofrendo, se humilhando e destruindo toda a sua confiança. Acaba se tornando uma arma contra seu amor próprio e isso não é certo. Mas se é amor, deveria dar certo no final, né? Porque, como é possível você amar uma pessoa e ela não te amar de volta? Isso ninguém ensinou pra gente.
Não me levem a mal, não estou tentando colocar a culpa das minhas frustrações amorosas em Shakespeare, nem nada disso. Mas eu acho que tudo o que já foi escrito e dito sobre isso, só pode ter sido pura utopia. Porque é possível sim, você amar alguém e não ter o final feliz.
Mas essa sou eu divagando - pra variar - sobre coisas que eu nunca vou entender. Uma garrafa de vinho, um maço de cigarros, John Mayer e essas dúvidas que nunca me deixam me trouxeram até aqui.
Eu não sei o que fazer com esse amor. E dói tanto que tô quase procurando um cardiologista porque isso não pode ser normal. E eu não sei dizer quando se tornou amor, como aconteceu. Mas aconteceu. E eu amo. Fazer o que?
Eu sei que o tempo não cura tudo, mas ajuda, e um dia eu vou poder sair de casa e ao invés de levar ele comigo na bolsa, vou conseguir deixar ele em casa, bem guardado em uma gaveta. Ele sempre vai fazer parte de mim, mas um dia para de doer. E essa é minha única esperança no momento.



“Fica por aqui, vem cuidar de mim. Vamos ver um filme, ter dois filhos. Ir ao parque, discutir caetano, planejar bobagens e morrer de rir”

4 comentários:

Nay disse...

Abraço da amiga que te entende e vi estar sempre aqui até parar de doer... e pra sempre! <3

Anônimo disse...

Vick faço da Nay minhas palavras.....<3 e penso um pouco diferente..amor como uma entidade não existe..como se fosse algo estático e com características tão certas que se o sentimento q temos ou o outro tem não carregar estas características não é amor....acho q o amor é movimento ..ele se configura de maneiras diversas..às vezes aparece como compreensão, como adimiração e até como raiva..o contrario do amor é somente a morte..gracas a Deus!!! O amor romântico é na verdade uma conseguencia da nossa lida e cuidado com o objeto..nao é um grande amor q gera um relacionar..é ao contrário, um relacionar bem...um viver junto, um APESAR DE ( atitudes q nao gostamos e relevamos por exemplo), que constroe um amor e este bichinho muito possesivo vai sempre pedir mais carinho e cuidado ....com nós mesmos tb! Eu não sei se sou muito errada, mas amor tb é isso...pegar uma bebida , um cigarro e às vezes aos prantos ou triste pensar sobre a vida...pq só há amor onde há sangue nas veias...não se preocupe..o acaso é danado, quando menos vc esperar alguém vai estar disposto a construir com vc, JUNTOS, um amor...fruto de cuidado e desafios...não desanime ;) Mas claro...prometa para nós que mesmo quando vc vivenciar esta construção não vai deixar de escrever seus textos ......eles são muito bons, me faz pensar muito !!! por favor ! bjos

Anônimo disse...

e eu sou chata bagaraio com essas divagações kkkkk bjos

Luís Monteiro disse...

A verdade é que é uma grande mentira dizer que no final esse tal amor vai dá certo. Mesmo porque quando se diz "no final" se está falando de algo que já acabou...

Talvez Shakespeare tenha esquecido de dizer que as vezes o amor machuca, e que machuca muito quando se é só uma parte que o senti, quando ele nasce em só um coração.

Concordo com você quando diz que vai chegar um dia em que esse tal amor não vai fazer parte da sua bagagem toda vez que você sair de casa, porque é claro que com um tempo ele não vai doer tanto quanto antes, mais ainda assim vai está ali, guardado em alguma gaveta dentro de casa, em algum lugar dentro de você.

E isso tudo é pra que a gente aprenda. E siga, com essa tal coleção de amor guardada no peito.

Gostei do post. Bjws, até breve.